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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Leucemia: Entenda a doença do sangue que atinge milhares de pessoas

O mês de fevereiro é dedicado à conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia. A campanha “Fevereiro Laranja” alerta sobre a doença que afeta o sangue e a medula óssea. A médica hematologista e hemoterapeuta do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), Ana Emília Ferreira, explica que a leucemia é um tipo de câncer que decorre, geralmente, da produção anormal dos glóbulos brancos, os chamados leucócitos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados aproximadamente 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Embora a leucemia não esteja entre os tipos mais incidentes, ela representa uma parcela significativa dos diagnósticos oncológicos no país. Estudos anteriores indicam que a taxa de incidência ajustada por idade para leucemia em crianças de 0 a 14 anos foi de 53,3 por milhão de crianças.

“Há diferentes tipos de leucemia, a leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda e a leucemia linfocítica crônica”, especifica Ana Emília. De acordo com a hematologista, não há causa determinante para desenvolvimento das leucemias, porém, é sabido que alterações genéticas, exposição à radiação e produtos químicos, tratamentos prévios de câncer, assim como algumas doenças no sangue preexistente, como a síndrome mielodisplásica, podem predispor ao desenvolvimento da leucemia.

Sobre as formas de prevenção, a médica hematologista do Huol explica que não há propriamente uma forma de prevenção, mas é recomendado evitar exposição prolongada à radiação, produtos químicos, agrotóxicos, e manter um estilo de vida saudável.

Tratamento

A melhor abordagem de tratamento depende do tipo de leucemia, explica Ana Emília. “Pode variar desde quimioterapia intensiva, seguido de transplante de medula óssea (geralmente nos casos de leucemia mieloide e linfoide aguda), em alguns casos podem ser tratados com medicamentos orais direcionados para a doença (terapia alvo), e na leucemia linfocítica crônica nem sempre se faz necessário tratamento”, pontua a médica hematologista.

O Huol oferece tratamento e suporte para as leucemias. “Vale ressaltar a importância do diagnóstico precoce (através de hemograma e exames específicos de medula óssea) para que mais pacientes consigam iniciar o tratamento o quanto antes, impactando em maiores chances de sucesso no tratamento”, enfatiza Ana Emília.

Os sinais da doença variam entre febre, hematomas pelo corpo, sangramentos espontâneos e fadiga intensa. Ana Emília explica que esses sintomas são decorrentes do acometimento da medula óssea, que impede que ela produza de forma normalmente os elementos do sangue, as hemácias, leucócitos e plaquetas. “Em alguns casos podemos observar aumento dos gânglios linfáticos, baço e fígado”, disse a médica.

A profissional ainda fala da importância da campanha “Fevereiro Laranja” que tem o objetivo de conscientizar e esclarecer a população sobre a doença, “auxiliando no diagnóstico precoce e início de tratamento, quando necessário, de forma mais breve possível”, enfatiza Ana Emília.

Sobre a Ebserh

O Huol faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

domingo, 1 de dezembro de 2024

Geriatra chama atenção para aumento de casos de HIV em idosos

Neste domingo, dia 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Combate à Aids. A campanha do Dezembro Vermelho, mês escolhido desde 2017 para a mobilização nacional, chama a atenção para as medidas de prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas com o vírus HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Neste fim de semana, diversas capitais estarão com mobilizações e ações de prevenção.

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico sobre HIV/AIDS do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2021, o número de idosos que testaram positivo para o vírus quadruplicou. O geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Marco Túlio Cintra, explica que são diversos os fatores ligados a esse aumento, entre eles a falta de campanhas direcionadas a esse público. E acrescentou que os números podem ser ainda maiores, já que é grande a subnotificação por falta de testagem.

Em entrevista ao programa Tarde Nacional da Amazônia, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Cintra contou que acontece de o paciente apresentar sintomas como o emagrecimento acentuado e os médicos investigarem câncer, sem desconfiarem de HIV. Segundo o especialista, é fundamental que os profissionais da saúde solicitem a testagem aos pacientes idosos, já que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Agência Brasil – O número de idosos com HIV quadruplicou nos últimos dez anos. A gente está falando de que números?

Marco Túlio Cintra – O número é maior. Há um aumento progressivo que o número de testagens não justifica. E aí vai para uma terceira questão que as pessoas se surpreendem pelo número de casos porque no imaginário das pessoas a vida sexual do idoso se enterrou. É um aumento progressivo em uma faixa etária preocupante.

Agência Brasil – Tem a ver com fatores comportamentais também?

Cintra – No idoso, geralmente, há múltiplas causas. Os nossos profissionais não pensam na possibilidade do vírus HIV para os idosos. Então é descoberto com doença já manifesta com sintomas de Aids numa fase mais avançada. Outra questão importante que não é comentada: não se direcionam campanhas de prevenção para pessoa idosa. Então a informação não está chegando.

Agência Brasil – Esse vírus é mais preocupante para a pessoa idosa?

Cintra – Quando se fala em pessoa idosa, não todos obviamente, mas há um perfil de mais doenças. Há uma alteração no sistema imune. Muitos tomam muitos medicamentos. É uma questão que quando entra o vírus HIV complica. Pode haver interações medicamentosas, de um medicamento atrapalhar o outro, tem maior dificuldade com o tratamento porque essas pessoas têm mais problemas de saúde.

Agência Brasil – Tem muita resistência, principalmente com relação ao público masculino, com relação ao uso do preservativo nessa faixa etária?

Cintra – Entre os idosos, a preocupação do uso é menor. Muitos idosos não imaginam que eles estão se expondo. Muitas vezes as campanhas são voltadas para grupos e não por comportamento de risco. O comportamento de risco pode estar em qualquer faixa etária, inclusive nos idosos que são sexualmente ativos.
Foto: Leo Rodrigues/EBC

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Secretaria de Saúde reforça vigilância da Febre do Oropouche no RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reforçou a vigilância da Febre do Oropouche no Rio Grande do Norte. De acordo com a Sesap, a medida foi necessária em virtude do cenário nacional com 16 estados com casos confirmados da doença.

Até o momento, no RN não há casos confirmados da Febre do Oropouche. A doença é causada por um arbovírus e tem sintomas muito parecidos com os de dengue e chikungunya, como dores de cabeça, musculares e articulares, náusea e diarreia. Por conta disso, o diagnóstico laboratorial é fundamental para o acompanhamento dos casos.


No início de junho a Sesap, por meio do Laboratório Central do RN (Lacen-RN), iniciou a testagem de amostras aleatórias tomadas a partir de casos que eram suspeitos para dengue, chikungunya ou zika vírus e não apontaram como positivos.

Em meados de junho, a Sesap emitiu uma nota técnica a todos os municípios potiguares tratando das ações de vigilância necessárias para a doença.

“A febre de Oroupuche é uma doença já conhecida pelos profissionais da Região Amazônica e, nos últimos meses, foram identificados casos em regiões não endêmicas. Por isso, desde então estamos realizando uma vigilância ativa, desde uma busca retrospectiva, por meio dos testes no Lacen, como proativa, na liberação de notas técnicas informativas e treinamento de equipes”, explica Diana Rego, coordenadora de vigilância em saúde da Sesap.

A transmissão da doença é feita principalmente por mosquitos, em especial o Culicoides paraenses, popularmente conhecido como maruim. O período de incubação do vírus pode variar de 3 a 8 dias, com ele permanecendo no sangue por 2 a 5 dias após o início dos sintomas.

A orientação quanto ao tratamento da doença é repouso e cuidados dos sintomas, com acompanhamento médico. O período de incubação do vírus pode variar de três a oito dias, com ele permanecendo no sangue por dois a cinco dias após o início dos sintomas. A fase aguda da doença geralmente dura de dois a sete dias.

A principal medida de prevenção deve ser evitar áreas com maruim. Caso esteja neste tipo de local, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e repelentes nas áreas expostas; tal qual na dengue, manter a casa livre de criadouros de mosquitos. Para amenizar os ataques as pessoas podem adotar medidas preventivas como: óleos a base de citronela, cravo e folhas de neem aplicado no ambiente; telas de proteção nas portas e janelas das casas e escolas; eliminação de matéria orgânica nas imediações das propriedades.

As medidas visam diminuir a proliferação do mosquito, incluindo a eliminação de locais onde eles se reproduzem e descansam, como áreas úmidas e ricas em matéria orgânica. A limpeza urbana, o saneamento e o uso de repelentes são essenciais para o controle do vetor.
Foto: Lauren Bishop/CDC/Divulgação
Informações: g1 RN