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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

HIV avança de forma silenciosa no Brasil e Saúde diversifica oferta de camisinhas no SUS

Um levantamento inédito realizado pelo Hospital Moinhos de Vento expôs um cenário alarmante na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS): a prevalência de HIV na população testada chegou a 1,64%, superando em 64% o limite de 1% estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerar a epidemia controlada. O dado sugere que o vírus pode estar se disseminando de forma silenciosa no país.

A pesquisa, a primeira testagem sorológica em grande escala no Brasil, avaliou 8 mil pessoas e identificou 81 casos de HIV, além de 558 de sífilis, 26 de hepatite B e 56 de hepatite C. 

Diferente das estatísticas oficiais, que se baseiam em notificações de pacientes que procuram atendimento, os testes foram aplicados diretamente na população, revelando infecções antes ocultas pela ausência de sintomas ou diagnóstico. 

Os resultados reforçam a preocupação com grupos vulneráveis, como pessoas negras ou pardas, com menor escolaridade e baixa renda, especialmente entre 30 e 59 anos.

Em resposta ao avanço das infecções sexualmente transmissíveis, o Ministério da Saúde anunciou a distribuição gratuita de dois novos modelos de preservativo pelo SUS — texturizado e fino — além das versões já existentes. 

A medida busca aumentar a adesão ao uso de camisinha, principalmente entre jovens, e integra a estratégia de Prevenção Combinada, que também inclui PrEP, PEP, testagem, tratamento e ações de educação sexual. Atualmente, dados da Pesquisa Nacional de Saúde indicam que 59% dos brasileiros adultos não usam preservativo em nenhuma relação sexual.
Por Comunicação CFF

domingo, 1 de dezembro de 2024

Geriatra chama atenção para aumento de casos de HIV em idosos

Neste domingo, dia 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Combate à Aids. A campanha do Dezembro Vermelho, mês escolhido desde 2017 para a mobilização nacional, chama a atenção para as medidas de prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas com o vírus HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Neste fim de semana, diversas capitais estarão com mobilizações e ações de prevenção.

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico sobre HIV/AIDS do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2021, o número de idosos que testaram positivo para o vírus quadruplicou. O geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Marco Túlio Cintra, explica que são diversos os fatores ligados a esse aumento, entre eles a falta de campanhas direcionadas a esse público. E acrescentou que os números podem ser ainda maiores, já que é grande a subnotificação por falta de testagem.

Em entrevista ao programa Tarde Nacional da Amazônia, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Cintra contou que acontece de o paciente apresentar sintomas como o emagrecimento acentuado e os médicos investigarem câncer, sem desconfiarem de HIV. Segundo o especialista, é fundamental que os profissionais da saúde solicitem a testagem aos pacientes idosos, já que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Agência Brasil – O número de idosos com HIV quadruplicou nos últimos dez anos. A gente está falando de que números?

Marco Túlio Cintra – O número é maior. Há um aumento progressivo que o número de testagens não justifica. E aí vai para uma terceira questão que as pessoas se surpreendem pelo número de casos porque no imaginário das pessoas a vida sexual do idoso se enterrou. É um aumento progressivo em uma faixa etária preocupante.

Agência Brasil – Tem a ver com fatores comportamentais também?

Cintra – No idoso, geralmente, há múltiplas causas. Os nossos profissionais não pensam na possibilidade do vírus HIV para os idosos. Então é descoberto com doença já manifesta com sintomas de Aids numa fase mais avançada. Outra questão importante que não é comentada: não se direcionam campanhas de prevenção para pessoa idosa. Então a informação não está chegando.

Agência Brasil – Esse vírus é mais preocupante para a pessoa idosa?

Cintra – Quando se fala em pessoa idosa, não todos obviamente, mas há um perfil de mais doenças. Há uma alteração no sistema imune. Muitos tomam muitos medicamentos. É uma questão que quando entra o vírus HIV complica. Pode haver interações medicamentosas, de um medicamento atrapalhar o outro, tem maior dificuldade com o tratamento porque essas pessoas têm mais problemas de saúde.

Agência Brasil – Tem muita resistência, principalmente com relação ao público masculino, com relação ao uso do preservativo nessa faixa etária?

Cintra – Entre os idosos, a preocupação do uso é menor. Muitos idosos não imaginam que eles estão se expondo. Muitas vezes as campanhas são voltadas para grupos e não por comportamento de risco. O comportamento de risco pode estar em qualquer faixa etária, inclusive nos idosos que são sexualmente ativos.
Foto: Leo Rodrigues/EBC