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sexta-feira, 18 de julho de 2025

Nova variante do vírus da covid-19 circula já em quatro estados do brasil

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), órgão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confirmou que uma nova variante XFG, do vírus SARS=Cov-2, causador da covid-19 está circulando no município do Rio de Janeiro. O sequenciamento dos genomas virais foi feito pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, que atua como referência para o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por meio de uma estratégia de vigilância estabelecida em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a linhagem foi identificada em 46 casos de covid-19 diagnosticados de 1º a 8 de julho, respondendo por 62% dos genomas analisados no período.

As análises foram concluídas no último dia 12, e os resultados, comunicados à secretaria e ao Ministério da Saúde. O Rio de Janeiro é o quarto estado com identificação da cepa, após casos identificados em São Paulo (2), Ceará (6) e Santa Catarina (3).

Detectada inicialmente no Sudeste Asiático, a linhagem XFG tem se espalhado rapidamente em vários países e foi classificada pela OMS como "variante sob monitoramento" no dia 25 de junho deste ano. A classificação foi estabelecida pelo Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução de Vírus da OMS, que tem participação da virologista Paola Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.

A variante XFG apresenta mutações no genoma e tem sido detectada com mais frequência em diferentes países nos últimos meses. No entanto, não há sinais de maior gravidade da doença ou de impacto significativo na eficácia de vacinas e antivirais.

Diante do quadro, o grupo consultivo da OMS considerou baixo o risco associado à linhagem e reforçou a importância de intensificar a vigilância.

“A variante XFG é uma recombinante de outras duas linhagens e carrega algumas mutações na proteína ‘spike’ que estão associadas a uma ligeira evasão da resposta imune, o que pode impactar na neutralização por anticorpos. Porém, não tem evidências de aumento de gravidade clínica, nem evidências de impacto relevante na eficácia de vacinas e de antivirais. Por isso, nossa decisão, como grupo técnico da OMS, foi classificar a linhagem como variante sob monitoramento, porque requer um olhar mais atento para identificar possíveis mudanças de padrão”, disse Paola.

No Rio de Janeiro, a estratégia de vigilância adotada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde ampliou a coleta de amostras para sequenciamento genético após um discreto aumento no número de casos de covid-19 diagnosticados em unidades básicas de saúde através de testes rápidos.

De 1º a 8 de julho, foram coletadas 74 amostras. Além da variante XFG, detectada em 46 casos, a linhagem NB.1.8.1, que também se encontra sob monitoramento, foi identificada em um caso. As demais amostras apresentaram linhagens diversas do SARS-CoV-2.

Na primeira semana de coleta ampliada, os casos com resultado positivo nos testes rápidos mostrou que mais da metade das amostras apresentou a variante XFG. De acordo com a virologista, esta é a linhagem associada ao leve aumento de casos no município.

Paola Resende destaca a importância da vacinação e dos cuidados para prevenção de infecções respiratórias, considerando a circulação da variante XFG e de outros vírus comuns no inverno, como influenza.

“Temos novas vacinas para a covid-19, atualizadas com a linhagem JN.1, disponíveis nas unidades do Sistema Único de Saúde [SUS] para o público prioritário. Essas vacinas continuam protegendo contra a variante XFG, principalmente contra formas sintomáticas da doença, casos graves e fatais. Além disso, é importante lavar as mãos e ter cautela em aglomerações. Quem estiver resfriado deve usar máscara para não transmitir para outras pessoas”, alerta a especialista.
Parceria

Diante de alterações no cenário epidemiológico da cidade, como um pequeno aumento repentino nos casos de covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde entrou em contato com o Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC para investigar a situação.

Com isso, são enviadas amostras biológicas de pacientes diagnosticados com covid-19 para o sequenciamento genético do vírus, processo realizado pelo instituto. A articulação permite que o município obtenha respostas mais rápidas sobre possíveis mudanças no perfil de circulação do vírus, e o IOC tem acesso a um volume significativo de amostras, fundamental para a vigilância genômica em períodos de baixa testagem.

Segundo o coordenador de Informática Estratégica de Vigilância em Saúde da SMS, Caio Ribeiro, a parceria envolve múltiplas etapas, desde o treinamento de profissionais da rede municipal para a coleta de amostras até a logística de envio para análise. “Com base nos resultados obtidos, é possível compreender a situação epidemiológica da covid-19 na cidade, avaliando o risco de introdução de novas variantes e antecipando ações como abertura de leitos, reposição de insumos e comunicação à população.”

A linhagem que predomina atualmente no município é a XFG, embora os dados não indiquem aumento de casos graves ou óbitos, diz Ribeiro. “As medidas preventivas continuam as mesmas, independentemente da identificação de novas subvariantes. É fundamental que a população siga higienizando as mãos, use máscara em caso de sintomas gripais e mantenha a vacinação em dia”, afirma.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Fiocruz alerta para aumento de casos de covid-19 no país

O Boletim InfoGripe divulgado hoje (5) pela Fiocruz mostra aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. Entre crianças e adolescentes de até 14 anos, o principal responsável é o rinovírus. Nas demais faixas etárias, o predomínio é da Covid-19. Por outro lado, os casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e influenza A mantêm a tendência de queda na maior parte do território. O estudo se refere à Semana Epidemiológica de 25 a 31 de agosto.

Segundo a Fiocruz, os estados que mais se destacam nesse momento pelo aumento da covid-19 são Goiás e São Paulo. A preocupação maior é com esse último, devido a grande movimentação de pessoas que passam pelo estado e depois se deslocam por outras regiões. Os pesquisadores alertam para a possibilidade de o estado impulsionar a disseminação e o crescimento da doença pelo país.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação em dia contra a Covid-19 para todas as pessoas dos grupos de risco. E o cuidado para não transmitir o vírus.

“Em caso de aparecimento de sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, inclusive as crianças e adolescentes. Com a alta do rinovírus nessa faixa etária, caso apresentarem alguns sintomas de síndrome gripal, a orientação é ficar em casa e não ir para a escola. Se não for possível fazer esse isolamento, é importante sair de casa usando uma boa máscara, e claro, diante de aparecimento e piora dos sintomas, procurar atendimento médico”, diz a pesquisadora.

Quanto aos casos de SRAG por rinovírus, a alta está concentrada principalmente em estados da região Nordeste, Centro-sul e Norte. O VSR e o rinovírus permanecem como as principais causas de internações e óbitos em crianças de até dois anos. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 28,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19); 12,4% para influenza A; 2,6% para influenza B; e 11,3% para VSR.

Quando se leva em conta o ano epidemiológico 2024, foram notificados 123.082 casos de SRAG, sendo 59.410 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 49.377 (40,1%) negativos; e ao menos 7.692 (6.2%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 18,7% são influenza A; 0,6%, influenza B; 41,6%, VSR; e 18%, Sars-CoV-2 (Covid-19).

Durante o ano foram registrados 7.370 óbitos, sendo 3.844 (52.2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 2.909 (39,5%) negativos, e ao menos 152 (2,1%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 30,2% foram influenza A; 0,8%, influenza B; 10,3%, VSR; e 50,8%, Sars-CoV-2 (Covid-19).

Estados e capitais

O Boletim InfoGripe mostra que 17 UFs apresentam sinais de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Entre as capitais, 11 apresentam crescimento dos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).